Killy Freitas lança disco em parceria com Antonio Skármeta

Publicado em: 22/10/2014

Álbum será apresentado ao público no sábado (1/11), às 19h, na Livraria Cultura (Túlio de Rose, 80 – Bourbon Country), com entrada franca

Skarmeta e Killy_Credito arquivo pessoal killy (1242x1280)

Antônio Skármeta e Killy Freitas se conheceram em 2012, quando o escritor foi patrono da Feira do Livro de Santa Cruz do Sul – cidade onde vive o músico. A afinidade entre o chileno – considerado um dos principais escritores contemporâneos, autor do clássico “O Carteiro e o Poeta” (1985) – e o gaúcho foi imediata. “Eu toquei violão e mostrei minhas músicas. Aí ele me deu uma letra que tinha escrito, mas que ainda não havia sido musicada”. Na mesma noite, Killy compôs a música e, no outro dia pela manhã, gravou em estúdio. Logo à tarde já entregou o CD para Skármeta. “Ele ficou impressionado com a minha determinação e achou a música linda,” conta Killy.

CafeFrioCapa (1280x1280)Foi assim que nasceu “Samba de los muertos”, a música que seria o início de um projeto que resultou em um álbum – Café Frio. Por dois anos, eles se corresponderam, trocaram poesias, referências e melodias que originaram o disco, composto por treze canções, todas com letras de Skármeta, musicadas por Killy – que assina também a produção independente e os arranjos do trabalho. As gravações foram feitas de setembro de 2012 a junho de 2014 em Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Montevideo, Santiago e Inglaterra.

 “O projeto é o resultado daquele encontro”, define Killy. Com sotaque sulista e portenho, Café Frio tem influências que vão da milonga, passando por chamamé, guarânia até samba, bolero, bossa nova e jazz fusion. “A palavra que me vem em mente quando vejo o CD é amor. Porque todas as letras do Skármeta têm uma temática muito em cima do amor. E eu acho que ele gostou e se identificou com a minha maneira de fazer música, com melodias melancólicas. SkaUma vez, no Chile, Skármeta comentou: ‘Por isso que deu certo! As minhas letras também são melancólicas. Eu sou melancólico!’”

O trabalho conta com participações dos cantores Victor Hugo e Bianca Obino (indicada ao Prêmio Açorianos de Música 2013 nas categorias Instrumentista MPB e Revelação), acordeonista Renato Muller, o saxofonista Pedrinho Figueiredo, o guitarrista Ricardo Vogt (da banda de Esperanza Spalding), entre outros. A arte da capa do CD foi criada especialmente para o projeto, pelo artista plástico paulista Newton Mesquita, a pedido de Skármeta.

Clipe em homenagem a Pablo Neruda

Killy e Skármeta também gravaram um clipe juntos. Eles se encontraram em Santiago, em setembro de 2013, e gravaram “Casamentero”, música que integra o disco Café Frio. A canção é dedicada a Pablo Neruda, explica Skármeta, “pois em um de seus poemas de amor ele disse ‘Eu sou o bom poeta casamenteiro, que junta as pessoas para que se amem’”. O vídeo foi feito na casa Pablo Neruda – La Chascona e está disponível em

KILLY FREITAS

K N(1)Killy Freitas tem 43 anos e nasceu em Santa Cruz do Sul. Compositor, violonista, guitarrista e cantor, envolvido em vários projetos musicais, com uma carreira de quase 30 anos dedicados à música. Trabalha na criação de trilhas sonoras para teatro, música instrumental, educação musical e outros projetos autorais.

Em 2010 e 2012 se apresentou na Espanha, em vários concertos na cidade de Zaragoza, junto a músicos espanhóis. Em 2011, lançou o CD d’Alma, de música instrumental autoral, que tem sido muito bem recebido em todos os meios artísticos e pela crítica especializada brasileira e internacional. Em 2012 foi indicado ao Prêmio Açorianos de Música, nas categorias Instrumental – Compositor e Revelação. Também em 2012, participou do II Porto Alegre Instrumental, maior evento do gênero no Estado. Em 2013 ganhou a Comenda Rotária em Santa Cruz do Sul, por seu trabalho na música e o Prêmio Sarau com Ritmo, da Academia de Artes e Letras do Rio Grande do Sul. Desde então tem feito apresentações instrumentais pelo Rio Grande do Sul e se dedicado à produção e gravação do CD “Café Frio”, em parceria com o escritor chileno Antonio Skármeta.

No Rio Grande do Sul já dividiu o palco com nomes como Veco Marques (da banda Nenhum de Nós), Maurício Marques (Quarteto Maogani), Angelo Primon (instrumentista gaúcho), Richard Powell (guitarrista instrumental), Paulinho Supekóvia (da banda do músico Nei Lisboa), George Israel ( da banda Kid Abelha) Daniel Namkhay (músico argentino que vive no Brasil), Renato Muller (acordeonista gaúcho vencedor do Kikito de melhor trilha sonora no Festival de Cinema de Gramado em 2010), Vinícius Corrêa (do duo de violões Batuque de Cordas), Felipe Azevedo (violonista gaúcho), Juan Ramón “Cuti” Vericad (músico espanhol), Orquestra Profana (orquestra de guitarras que existiu em Porto Alegre nos anos 80 e 90), dentre outros.

ANTONIO SKÁRMETA

Considerado um dos principais escritores contemporâneos, Skármeta nasceu em 1940, em Antofagasta, no Chile, filho de imigrantes iugoslavos. Graduado em filosofia e literatura, é romancista, dramaturgo, diretor e roteirista cinematográfico e de TV. Seus romances e contos têm sido traduzidos para mais de 25 idiomas, muitos deles reeditados permanentemente.

Exilou-se em Berlim entre 1975 e 1988. Foi embaixador na Alemanha entre 2000 e 2003. Seu primeiro livro, “El Entusiasmo”, foi publicado em 1967. Sua obra mais famosa é “O Carteiro e o Poeta” (1985), adaptado duas vezes para o cinema. O filme chileno “No”, indicado ao Oscar em 2013, também é inspirado em obra de sua autoria. No primeiro semestre de 2013, Skármeta firmou parceria com o diretor e ator brasileiro Selton Mello, que já começa a prospectar cenários, no Rio Grande do Sul, para adaptar ao cinema um dos romances mais recentes do escritor chileno, “Um pai de cinema”.

LANÇAMENTO DO DISCO CAFÉ FRIO – DE KILLY FREITAS E ANTONIO SKÁRMETA

Quando: sábado (1/11), às 19h

Onde: Livraria Cultura (Túlio de Rose, 80 – Bourbon Country

Entrada franca

Antonio SkármetaCafé FriodestaqueKilly FreitasSkármeta